sexta-feira, 19 de junho de 2009

Diga nao ao tráfico!!

É conhecimento de todos que o Brasil é um dos países mais ricos em diversidade de fauna e flora. O que muitos não sabem é que aqui o crime organizado contra a natureza também é grande. O comércio ilegal de animais silvestres está em terceiro lugar no ranking do crime, e perde apenas para o tráfico de armas e drogas. E o Brasil participa dessa atividade ilícita com 15% do valor, que gira em torno de milhões.
A fauna brasileira comparada com o resto do mundo tem espécies de sobra. Segundo dados de sites sobre o tráfico de animais, o Brasil abriga mais de 10% de 1.400.000 seres vivos catalogados no planeta. Na classificação mundial em diversidade de espécies o Brasil é o primeiro em primatas, borboletas e anfíbios. Porém, a devastação das florestas e a retirada dos animais de seus habitats já causaram a extinção de diversas espécies e desequilíbrio ecológico.
E o que é mais interessante, é o desejo que as pessoas têm em criar animais selvagens dentro de casa. Tudo bem que é lindo ter um animal de estimação e que uma vez dentro de cativeiro, é complicado devolvê-los a natureza. Só que essa vontade de ter um animal silvestre em casa apenas contribui para o crescimento do tráfico e vou explicar o porquê. O tráfico de animais prospera diante da tolerância social e segue a lógica implacável do mercado. As espécies mais escassas obtêm os melhores preços e são, portanto, as mais caçadas, aumentando seu risco de extinção. É o que acontece com a arara azul, uma das aves brasileiras mais ameaçadas, que custa até US$ 60 mil na Europa, América do Norte e Ásia, as regiões de maior demanda. O tráfico também é depredador e contribui para a escassez, já que apenas um em cada dez animais retirados de seu meio natural chega vivo ao comprador final. De cada 10 animais traficados, 9 morrem antes de chegar ao seu destino final.
Outra coisa, é que ao manter os animais dentro de cativeiros e longe de seu habitat natural, o bicho perde a capacidade de caçar seu alimento, de se defender dos predadores ou de se proteger de situações adversas. Se forem libertados, mesmo que em locais propícios, dificilmente sobreviverão.
Desde que o Brasil foi descoberto, é alvo dessa atividade ilegal contra a natureza. Combater esse crime organizado é muito difícil porque o contrabando é impune, pois quando são apreendidos carregamentos com animais silvestres vivos, os traficantes são presos em flagrante. Ta. E daí? Pagam fiança, são soltos e não respondem a nenhum processo. É por isso que eu defendo o fim do pagamento da fiança, pois a única vantagem do flagrante é a recuperação dos animais, que são encaminhados para os Centros de Manejo de Animais Silvestres (Cemas).
Poucas pessoas consideram um crime adquirir belos pássaros e macacos, tirados de seu hábitat A grande alternativa para acabar com o tráfico, é a criação de animais para o comércio, ou seja, os animais são criados em cativeiros, vendidos legalmente, sem causar desfalque à fauna brasileira. O Ibama ainda é contra essa atividade e dificultam a vida dos criadores. Porém, essa é a melhor saída para acabar com as feiras ilegais de tráfico.Além disso, as pessoas devem entender que animais não são mercadorias e que se não há procura, não há venda. Então, vamos colaborar e evitar comprar animais silvestres vendidos em beira de estradas e denunciar traficantes. Mesmo que você sinta pena do animal, não compre, pois a pena é o maior incentivo ao tráfico.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pesquisa Florestal Brasileira


A população mundial e a renda per capita cresceram. Com isso, aumentou também o consumo de madeira, o que virou um problema, pois é muito difícil atender a grande demanda sem destruir as florestas em busca de matéria-prima.
O Brasil é o país com uma das maiores florestas nativas do mundo, que é em torno de 5,1 milhões de metros quadrados, além dos vários climas e os inúmeros biomas, entre eles, a Amazônia. Com isso, o país detém cerca de 20% das espécies do mundo. Se tudo isso fosse explorado de forma adequada, poderia gerar trilhões de dólares com o agronegócio, que diz respeito à borracha natural, celulose, papel e móveis representa 5% do PIB brasileira e 8% das exportações.
Porém ao agronegócio é atribuído grande parte da degradação ambiental devido ao mau uso agropecuário, principalmente na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. E por causa desse grande problema, surgiu o Programa Nacional de Florestas para tentar solucionar esse problema da destruição do meio ambiente por causa dos produtos madereiros.
Eis que esse programa tenta gerar soluções para acabar com esse problema, e um deles é a pesquisa florestal. No Brasil, diversas empresas privadas, instituições de pesquisa e Universidades Federais participam desse projeto. Uma das soluções encontradas é o plantio de espécies florestais que gera rendimentos ao agronegócio e não degrada tanto o meio ambiente.
Porém, o Programa Nacional de Florestas não é o único projeto que busca cuidar do meio ambiente. Na Amazônia há um projeto que cuida do uso e da conservação da floresta amazônica. É o Projeto Dendrogene (nome difícil, mas que significa genética da árvore) que busca avaliar os impactos da exploração florestal sobre a biodiversidade tendo em vista a sustentabilidade a longo prazo. Trata-se dos impactos sobre a capacidade da floresta de se regenerar, ou seja, de garantir, através dos processos de reprodução, a continuidade das diferentes espécies.
Apesar de a Amazônia ser um dos mais ricos biossistemas do mundo, o uso e a exploração preocupam o governos, as ONGs e a sociedade em geral. O Projeto Dendrogene busca novas ferramentas que promovam um manejo de uso junto com conservação florestal, garantindo assim, qualidade de vida para a população em geral. O projeto possui informações e cadastro das diversas espécies florestais existentes na Amazônia, com as características específicas de cada uma que ficam arquivadas em um banco de dados.
O projeto existe há oito anos com caráter inovador em busca princípios para acabar com os danos causados pelo desmatamento e trazer benefício e melhorar a qualidade de vida das futuras gerações. Entretato, não adianta só os projetos do governo e de ONGs ficarem preocupados com a conservação de nossas florestas. A população, em geral, precisa tomar consciência que destruir o meio ambiente causa prejuízo a ela mesma, ou seja, quanto mais desmatamento e degradação, mais acidentes ambientais, como enchentes ou secas, irão acontecer. Portanto, cuide do que é seu. Proteja as florestas e o meio ambiente. Isso garante qualidade de vida às próximas gerações.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Plantas em casa pra que?


Muitas pessoas cultivam plantas em casa por prazer. Porém, o que muitas não sabem é o benefício que isso traz para o meio ambiente e para os próprios moradores da residência.
O ex-pesquisador da Nasa Bill Wolverton, autor do livro "Plants: how they contribute to human health and well-being" ("Plantas, como elas contribuem para a saúde e o bem-estar"), explica que nas missões espaciais, mais de 100 substância poluidoras eram encontradas nas naves espaciais. Entre elas, estavam os formoldeídos (formol) que é altamente cancerígeno e é também encontrado em diversos materiais de construção e também em móveis, vidros, espelhos, etc. Ou seja, nem dentro de casa estamos protegidos da poluição.
. Quando isso foi contatado, o pesquisador foi atrás de uma solução para controlar o problema. E essa solução foi encontrada dentro da natureza. Sabe aquelas plantinhas que sobrevivem em locais escuros e fechados e que ninguém dá valor a elas? Pois é. São essas que são capazes de neutralizar a poluição interna. Muitas espécies podem ser utilizadas para esse fim, como a dracena, a samambaia e a babosa, mas as mais eficientes entre as plantas são a palmeiras areca e ráfis, de baixo custo e muito conhecidas por suas qualidades ornamentais. Além de embelezar a casa, vai ter o ar mais puro e livre de agentes causadores de doenças.
Entretanto, apesar dessas duas plantas serem citadas como as mais eficientes, as outras não ficam para trás, pois TODAS são capazes de remover agentes poluentes do ar. E a natureza é tão perfeita, que as folhas da planta absorvem os vilões poluidores e as destroem. E, claro, nossa qualidade de vida fica cada dia melhor.
Além disso, é recomendado o uso de vasos de água para melhorar a qualidade do ar em casa e nos escritórios, pois as plantas cultivadas na água são mais eficientes na redução do transporte de fungos e bactérias do que as cultivadas em terra.
Agora aqueles que pensam que jardinagem é uma besteira ou aquelas pessoas que adoram plantas em casa, terão motivos de sobra para tê-las em casa. Cultivar plantas faz bem a sua saúde e a jardinagem além de ser um ato de contemplar a beleza das plantas, são atividades relaxantes que aliviam o estresse da vida urbana. Agora é a hora de proteger o meio ambiente e a saúde. Cultive!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Impressões sobre a Linha Verde



Depois de tantas críticas e protestos, finalmente a linha verde foi inaugurada. O primeiro passageiro não poderia ter sido tão ilustre: o prefeito de Curitiba, Beto Richa. Nossa, ele deve ter ficado admirado de como é bom andar de ônibus (sozinho claro e fora do horário de pico). Muitas pessoas estavam lá na Praça Carlos Gomes e terminal do Pinheirinho prestigiando a mais nova linha de ônibus. Até padre para fazer benzimento do veículo teve no evento. É para dar certo mesmo.
A Linha Verde promete. Tem 14 veículos projetados especialmente para Curitiba e uma freqüência de quatro minutos entre um e outro. Isso vai permitir atendimento inicial para 32 mil passageiros e aliviar outras linhas que sofrem com a superlotação.
Promessas a parte. Quem lê esse artigo deve estar se perguntando: “O que o essa tal de Linha Verde tem a ver (ou haver, não sei) com o meio ambiente?” Tudo. E não só por ser verde, ter a cor que simboliza o meio ambiente, mas por ter transporte coletivo que polui 60% menos do que os veículos tradicionais. Isso porque os novos articulados vão usar biocombustíveis à base de óleo de soja. O biodíesel utilizado nos coletivos tem um impacto significativo para a melhoria da qualidade do ar, principalmente nas grandes capitais brasileiras
Se a qualidade do ar é uma das grandes preocupações do mundo atual e um dos principais componentes da qualidade de vida do cidadão, o projeto do novo ônibus está de parabéns, pois está colaborando para diminuir emissão de poluentes na camada atmosférica e provocar menos danos à saúde. Uma ação como essa ajuda a melhorar a sustentabilidade do planeta.
A Linha Verde também tem 9,4 quilômetros de ciclovias, que pode ser alternativa para quem quiser usar um modal não-poluente.
Verde, verde, verde... Sim. Verde!! A antiga BR 116 agora tem outra cara. Agora é verde mesmo. Quem passa por ali vê o parque de 21 mil metros quadrados, árvores nativas com espécies ornamentais e frutíferas, flores que não irão prejudicar a visibilidade do trânsito e recuperação da mata ciliar das margens do rio Belém.
O prefeito Beto Richa anunciou já ter recebido sinal verde para novo financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e à Agência Francesa de Desenvolvimento para a segunda etapa da Linha Verde, que estenderá o novo eixo de transporte até o Atuba. Que legal. A capital ecológica cada dia mais ecológica.
Entretanto, algo intriga os usuários do transporte e os curitibanos em geral: se a linha se chama verde, por que os ônibus são vermelhos? Vai saber né. Numa dessas o ônibus já está maduro e a população nem se deu conta disso.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Bambi foi embora...



Em algumas cidades do Paraná, como Curitiba, São José dos Pinhais, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu, é proibido apresentação de animais de origem silvestre. Selvagem ou nativo. Aqui na capital paranaense, além da proibição da apresentação dos bichos, também não é permitido a presença deles por aqui. E os donos da Bambi não sabiam disso.
Bambi é uma elefanta adolescente de 46 anos que pertence ao Circo Moscou. Muito engraçadinha, o “pequeno “animal selvagem” fica lá atrás do Estádio Pinheirão balançando para lá e para cá, como se estivesse em uma coreografia intensa que não tem fim. Só para (do verbo parar) sua dança sincronizada quando anda ou quando tira uma soneca de duas horas. Come centenas de quilos de alfafa e frutas e toma mil litros de água por dia. É bem cuidada. Pelo menos, eu vi que é. Mal tratada, a olho nu, ela não é.
Entretanto, não existe animal em circo sem sofrimentos dos mesmos, não só pelo treinamento cruel, mas também pelas acomodações em cubículos e com correntes e viagens constantes e com maus tratos. Estes não incluem apenas as formas desumanas de treinamento (em sua maioria com o uso de choques, chicotes ou bastões pontiagudos), mas também os espetáculos em si, onde os animais, por sofrerem agressões para um suposto aprendizado, se comportam como nunca se comportariam na natureza, apenas por um capricho do ser humano. O treinador de Bambi diz que ela se movimenta para manter o equilíbrio e não cair. Porém, segundo especialistas, esse movimento de balançar é resultado de neurose e estress sofrido pelo animal.
Os donos do circo alegam que quando solicitaram o alvará para vir com o circo para Curitiba, não sabiam que a elefanta não poderia vir para cá. Será mesmo. Será que não tentaram usar do jeitinho brasileiro para amenizar as coisas? Se tentaram, não conseguiram. Foram denunciados para o IBAMA por vizinhos de onde estão instalados. E ainda, levaram um prejuízo de R$ 5mil pelo não saber da lei da cidade. Aliás, que avanço de Curitiba com essa lei que protege os animais, porque não apenas os maus tratos são fatores para deixá-lo em seus habitats, mas sim outros motivos. Por exemplo, os animais em circo podem trazer muitos riscos para as pessoas, pois não é possível prever como um animal estressado irá reagir em uma determinada situação. E elefante não é animal doméstico, é animal selvagem. Se um bicho desses foge, quero ver quem corre atrás para segurá-lo. Além disso, animais em circo estimulam o tráfico de animais selvagens ao redor do mundo, prática reconhecidamente cruel e criminosa.
Mas como o assunto é a Bambi, voltaremos a ela. A querida elefanta do Circo Moscou, que também já pertenceu ao Circo Stankowich deu adeus a Curitiba. Mandaram ela para um zoológico do interior de São Paulo. Vai ficar por lá, até os documentos de transferência dela para o Chile chegarem. Pois é, a elefanta adolescente vai para um parque temático. Se for melhor para ela, que seja feliz então. Assim, ela não passará mais o estresse de escutar a música do circo e não poder se apresentar. É a primeira vez que vejo alguém estressado por não poder trabalhar sem receber nada. Apenas, aplausos.
E o Circo de Moscou continua por aqui. Sem a sua Bambi. Porém, agora é um circo correto, sem animal e isso valoriza seus artistas, que sozinhos conseguem maravilhar a sua platéia. Esta é a evolução natural do circo, prestigiando o ser humano e não mal tratando animais.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lotado de lixo


(Imagem Gazeta do Povo)
Há muito tempo, os moradores do bairro Caximba, em Curitiba, estão insatisfeitos com o lixão que existe por lá. O cheiro ao redor do aterro sanitário é insuportável. Impossível é alguém passar por ali sem sentir um pingo de náusea pelo odor desagradável que impera no bairro.
O aterro da Caximba está no seu limite e sua ampliação foi negada. Ainda bem, pois o depósito teve sua vida útil ampliada por três vezes. Graças a isso, o local parece uma bomba, pois, ali são despejadas quase 400 toneladas de lixo por dia. Realmente, não há nariz que agüente. Nem o meu.
Entretanto, não é apenas o olfato que é prejudicado. Os rios e animais que vivem em sua beira também sofrem com o chorume. Apesar do nome esquisito, o chorume é o resultado do apodrecimento do lixo que em forma de líquido, que por sinal, é muito mal cheiroso, cai no córrego do rio Iguaçu, deixando sua água preta e fedorenta. Além do odor desagradável, o resíduo do aterro que vai para o rio está acabando com o que resta de vida nas cavas. Peixes e animais que vivem por ali morrem. E os pescadores da região ficar a ver apenas a água preta e sem vida.
A Prefeitura quer estender o prazo de selamento do aterro sanitário. A população é contra. E aí, o que fazer? Dá-lhe protesto. E foi o que aconteceu essa semana. Os moradores da região vetaram a entrada dos caminhões de lixo dentro do depósito. E agora, José? O que fazer? Ampliar o depósito é irresponsabilidade e está fora de cogitação, pois o aterro é dividido em dois grandes blocos: uma que contém resíduos velhos e a outra é o lixo novo. É tanto lixo minha gente, que ninguém sabe definir quanto de material pode ser colocado no topo dessa grande montanha de sujeira humana. Porém, na metade do ano o lixo deve atingir o seu limite, que é de 940 metros.
Vamos imaginar o que vai ser da cidade se essa situação do aterro da Caximba não for resolvido? O nariz dos vizinhos do depósito continuarão a inalar o agradável cheiro de podridão que existe no ar do bairro. Os animais do rio Iguaçu continuarão morrendo. E aquelas três coletas diárias de lixo serão deixadas de lado, pois não haverá onde colocar todo esse material. Ou seja, é o caos na capital do Paraná e região metropolitana.
Pois é! Este lixão é uma vergonha para Curitiba que tem demonstrado total incompetência em resolver um problema de saúde pública e ecológica! Aí a mídia dia que aqui é a “capital ecológica”? Onde?