É conhecimento de todos que o Brasil é um dos países mais ricos em diversidade de fauna e flora. O que muitos não sabem é que aqui o crime organizado contra a natureza também é grande. O comércio ilegal de animais silvestres está em terceiro lugar no ranking do crime, e perde apenas para o tráfico de armas e drogas. E o Brasil participa dessa atividade ilícita com 15% do valor, que gira em torno de milhões.
A fauna brasileira comparada com o resto do mundo tem espécies de sobra. Segundo dados de sites sobre o tráfico de animais, o Brasil abriga mais de 10% de 1.400.000 seres vivos catalogados no planeta. Na classificação mundial em diversidade de espécies o Brasil é o primeiro em primatas, borboletas e anfíbios. Porém, a devastação das florestas e a retirada dos animais de seus habitats já causaram a extinção de diversas espécies e desequilíbrio ecológico.
E o que é mais interessante, é o desejo que as pessoas têm em criar animais selvagens dentro de casa. Tudo bem que é lindo ter um animal de estimação e que uma vez dentro de cativeiro, é complicado devolvê-los a natureza. Só que essa vontade de ter um animal silvestre em casa apenas contribui para o crescimento do tráfico e vou explicar o porquê. O tráfico de animais prospera diante da tolerância social e segue a lógica implacável do mercado. As espécies mais escassas obtêm os melhores preços e são, portanto, as mais caçadas, aumentando seu risco de extinção. É o que acontece com a arara azul, uma das aves brasileiras mais ameaçadas, que custa até US$ 60 mil na Europa, América do Norte e Ásia, as regiões de maior demanda. O tráfico também é depredador e contribui para a escassez, já que apenas um em cada dez animais retirados de seu meio natural chega vivo ao comprador final. De cada 10 animais traficados, 9 morrem antes de chegar ao seu destino final.
Outra coisa, é que ao manter os animais dentro de cativeiros e longe de seu habitat natural, o bicho perde a capacidade de caçar seu alimento, de se defender dos predadores ou de se proteger de situações adversas. Se forem libertados, mesmo que em locais propícios, dificilmente sobreviverão.
Desde que o Brasil foi descoberto, é alvo dessa atividade ilegal contra a natureza. Combater esse crime organizado é muito difícil porque o contrabando é impune, pois quando são apreendidos carregamentos com animais silvestres vivos, os traficantes são presos em flagrante. Ta. E daí? Pagam fiança, são soltos e não respondem a nenhum processo. É por isso que eu defendo o fim do pagamento da fiança, pois a única vantagem do flagrante é a recuperação dos animais, que são encaminhados para os Centros de Manejo de Animais Silvestres (Cemas).
Poucas pessoas consideram um crime adquirir belos pássaros e macacos, tirados de seu hábitat A grande alternativa para acabar com o tráfico, é a criação de animais para o comércio, ou seja, os animais são criados em cativeiros, vendidos legalmente, sem causar desfalque à fauna brasileira. O Ibama ainda é contra essa atividade e dificultam a vida dos criadores. Porém, essa é a melhor saída para acabar com as feiras ilegais de tráfico.Além disso, as pessoas devem entender que animais não são mercadorias e que se não há procura, não há venda. Então, vamos colaborar e evitar comprar animais silvestres vendidos em beira de estradas e denunciar traficantes. Mesmo que você sinta pena do animal, não compre, pois a pena é o maior incentivo ao tráfico.
A fauna brasileira comparada com o resto do mundo tem espécies de sobra. Segundo dados de sites sobre o tráfico de animais, o Brasil abriga mais de 10% de 1.400.000 seres vivos catalogados no planeta. Na classificação mundial em diversidade de espécies o Brasil é o primeiro em primatas, borboletas e anfíbios. Porém, a devastação das florestas e a retirada dos animais de seus habitats já causaram a extinção de diversas espécies e desequilíbrio ecológico.
E o que é mais interessante, é o desejo que as pessoas têm em criar animais selvagens dentro de casa. Tudo bem que é lindo ter um animal de estimação e que uma vez dentro de cativeiro, é complicado devolvê-los a natureza. Só que essa vontade de ter um animal silvestre em casa apenas contribui para o crescimento do tráfico e vou explicar o porquê. O tráfico de animais prospera diante da tolerância social e segue a lógica implacável do mercado. As espécies mais escassas obtêm os melhores preços e são, portanto, as mais caçadas, aumentando seu risco de extinção. É o que acontece com a arara azul, uma das aves brasileiras mais ameaçadas, que custa até US$ 60 mil na Europa, América do Norte e Ásia, as regiões de maior demanda. O tráfico também é depredador e contribui para a escassez, já que apenas um em cada dez animais retirados de seu meio natural chega vivo ao comprador final. De cada 10 animais traficados, 9 morrem antes de chegar ao seu destino final.
Outra coisa, é que ao manter os animais dentro de cativeiros e longe de seu habitat natural, o bicho perde a capacidade de caçar seu alimento, de se defender dos predadores ou de se proteger de situações adversas. Se forem libertados, mesmo que em locais propícios, dificilmente sobreviverão.
Desde que o Brasil foi descoberto, é alvo dessa atividade ilegal contra a natureza. Combater esse crime organizado é muito difícil porque o contrabando é impune, pois quando são apreendidos carregamentos com animais silvestres vivos, os traficantes são presos em flagrante. Ta. E daí? Pagam fiança, são soltos e não respondem a nenhum processo. É por isso que eu defendo o fim do pagamento da fiança, pois a única vantagem do flagrante é a recuperação dos animais, que são encaminhados para os Centros de Manejo de Animais Silvestres (Cemas).
Poucas pessoas consideram um crime adquirir belos pássaros e macacos, tirados de seu hábitat A grande alternativa para acabar com o tráfico, é a criação de animais para o comércio, ou seja, os animais são criados em cativeiros, vendidos legalmente, sem causar desfalque à fauna brasileira. O Ibama ainda é contra essa atividade e dificultam a vida dos criadores. Porém, essa é a melhor saída para acabar com as feiras ilegais de tráfico.Além disso, as pessoas devem entender que animais não são mercadorias e que se não há procura, não há venda. Então, vamos colaborar e evitar comprar animais silvestres vendidos em beira de estradas e denunciar traficantes. Mesmo que você sinta pena do animal, não compre, pois a pena é o maior incentivo ao tráfico.